Ao passo de tudo está o obscuro, o distante e
impermeável
tempo de seca.
A sequidão do ventre, dos passos antes enxutos,
que sabiam por onde pisar.
Ao passo de tudo: a seca.
O recolhimento mediante ao sofrimento
imundo do inundo prazer
que se estiou e secou.
Ao passo de mim, o mundo.
O pontapé de saída. A estrada principal.
O palco.
Ao passo de tudo: a escrita.
A tinta fresca que mancha o papel de pão
escrito à luz da televisão ligada.
Ao passo de tudo: o silêncio.
A profunda sutiliza que provoca
ecos no âmago da dor.
A alma.
O contorno do ser e seu fundo falso.
O que toca nela, penetra. Queima, rasga e deixa
marcas.
Ao passo de tudo, o indivisível,
a dor.
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